quarta-feira, setembro 24, 2003

A Praxe das Bolachas!

Ok, ok, eu sei que ando a fazer demasiados posts com demasiadas notí­cias demasiadamente exageradas demasiado rápido. Mas com estas a minha inquieta mente entrou em erupção. Verdadeiras bolachas com pepitas de chocolate, caro leitor! Foram colocados no Ensino Superior os alunos que conseguiram tirar as notas desejadas na 1ª fase dos exames. Ora isto significa que começa hoje um dos perí­odos académicos mais aguardados por milhares de jovens em todo o país (alguns já não tão jovens assim...): a euforia de ter conseguido lugar num curso do Ensino Superior por parte dos novos caloiros e a euforia dos que já lá estão à mais tempo, que mal dormem só a pensar na praxe seguinte. Pois é, as praxes... um ritual académico muito apreciado, uma hipótese para os caloiros de fazerem novos amigos. Ou então não... É tudo muito giro até alguém perder um olho, disse um dia o Camões. São na verdade muito engraçadas as vestimentas que fazem os caloiros vestir, e as escrituras na cara... pior é quando exigem que um gajo se inscreva nos escuteiros ou que assine a revista da Barbie. O repórter exclusivo ao Monstro das Bolachas (eu... faltam verbas!) obteve um furo jornalístico: uma conversa com um aluno fictício, chamado durante a entrevista, por razões de segurança, Urbano Anacleto (UA, daqui em diante):

Monstro das Bolachas (MB) - E então Urbano, entraste finalmente na Universidade?

Urbano Anacleto (UA) - Xim, pois é, realizei um sonho de criança, que era tar aqui nesta casa da sabedoria.

MB - Pois, deve ter sido complicado, repetir assim tantas vezes o 12º ano.

UA - É verdade, guardo muito boas recordações dos anos de Secundário, e olhe que já lá vão quase 20! Quando o meu filho nasceu por exemplo, estava eu a meio da minha 5ª prova de Matemática em 5 anos!

MB - Realmente, os anos passam e a gente nem dá conta... Mas vamos ao que interessa: depois de tanta espera, finalmente entraste na Universidade. O que é que achas? Têm-te praxado muito?

UA - Só uns poucos, não percebo porquê... por exemplo ainda no outro dia estava para ser praxado, mas desatou tudo a fugir quando eu tirei a camisa para vestir a roupa de sadomasoquista e se viu a minha tatuagem do Ultramar!

MB - Ah, pois, estou a ver... mas e então das poucas praxes porque passaste, que género de coisas é que te obrigaram a fazer?

UA - Ah isso! Tudo dentro do normal, excepto uma... Brincadeiras inocentes como ver quanto tempo eu aguentava agarrado a uma ficha de electricidade depois de sair do banho, testar a rota de fuga da janela do 7º andar lá da república, etc.

MB - Pois, muito bem então. Mas espera, disseste que havia uma praxe de que não gostaste muito. Podes elucidar-nos?

UA - Quer dizer, eles não podem gozar assim com uma pessoa, mesmo que seja um caloiro como eu! Atão não é que ao fim do dia queriam que eu fosse com eles beber umas cervejas e sermos camaradas? É por isso é que o país está neste estado... Eu já desejoso pela parte em que me usam como tapete e eles pregam-me uma destas! Queriam parar com a praxe! Tá um gajo 20 anos à espera para entrar na Universidade, enquanto se alimenta de notícias de praxe como a da fulana tal que foi violada (O MB condena este tipo de actividades! Puro uso humorístico! Perdoem a imoralidade...) e quando entramos finalmente fazem-me só uma semana de praxes de baixo calibre! Tou muito desiludido...

MB - Ah, compreendo... bem, se calhar era melhor deixarmos esta entrevista por aqui, não acha?

UA - Pois, vai ter mesmo que ser... até porque tenho de ir, vêm ai os meus praxantes com a minha praxe favorita, a da sonda anal. Obrigado pela entrevista!

MB - Pois, o MB também agradece... (ou então não)

E depois desta grotesca e imoral entrevista, que surpreendeu até o virtuoso repórter do MB (mais uma vez, eu), uma notícia que deixo à criatividade dos meus colaboradores: a Microsoft suspendeu o serviço MSN (responsável pelo famoso Messenger) em 28 países! Tudo por causa da pedofilia. É o que dá porem Internet na Casa Pia... parece até que já estou a imaginar a conversa por Messenger entre o Carlos Cruz e o Bibi... mas acaba-se-me a arte e o engenho, e despeço-me aqui, caros amigos Monstros... Comam muitas bolachas!