quarta-feira, outubro 01, 2003

Bolachas de Água (e Sal)

E lá vamos nós a meio de outra semana agitada e, mais ineditamente, chuvosa. Pois é, os últimos raios de Sol do Verão esfumaram-se e as chuvadas, que deixam os portugueses e os simpáticos ucranianos das obras aqui do estádio molhados até aos ossos, voltaram, ao que parece para ficar, ouvi eu a apresentadora da meteorologia dizer num breve momento em que os meus sentidos não estavam totalmente concentrados na jovem apresentadora propriamente dita (digamos que a fala não faz parte das suas capacidades mais apelativas…). Mas o que interessa é a chuva não é? E, com isto, quem se deve sentir bem é o pessoal da extinta Aldeia da Luz, que se adiantaram ao resto dos portugueses e viram a sua aldeia a banhos de água fresquinha em pleno Verão. Mas o frio está aí a chegar e a direcção do Benfica já tomou medidas: estão neste preciso momento a ser distribuídos cachecóis do Benfica a todos os menos favorecidos da Área Metropolitana de Lisboa, na iniciativa inédita de tentar aumentar o número de pessoas que ainda acredita o suficiente para andar de cachecol ao peito! Por outro lado, o Sporting, já embevecido pelo espírito natalício, decidiu presentear as equipas que visitarem o Estádio de Alvalade Séc. XXI em jogos oficiais da Não-Tão-Superliga Portuguesa. Para além dos 3 pontos normais, a equipa terá a honra de bater o Sporting num relvado feito “para artistas”. De notar esta consideração pelos adversários, apelidando-os de artistas, visto que devem ser os únicos dignos desse nome a actuar na casa do Leãozinho (Francamente, o talento não abunda nos pequenos leõezitos). Por fim, no que foi mais um post despejado de qualquer razão e sentido, deixo-vos com uma afirmação que vem concluir um tema já aqui abordado por mim: o comandante dos bombeiros voluntários de Lamego já reagiu às acusações e apresentou realmente argumentos irrefutáveis. Ora vejam:

- “Eu estou inocente. Isto não é culpa dos Bombeiros. As pessoas é que vêem a porta de um helicóptero aberta e enfiam-se logo lá dentro.”

Parece-me justo. Isto é a mais pura das verdades. Está neste preciso momento a crescer, sem fronteiras, o negócio deveras lucrativo da venda de helicópteros de luxo. Os portugueses já vendem a casa, o carro, e até a filha mais jeitosinha só para adquirirem o último modelo em helicópteros. Quem nunca sonhou em atravessar com cara de pleno e satisfeito gozo a Ponte 25 de Abril num soberbo helicóptero que parta a primeira hélice. Deixo-vos assim meus amigos Monstros, e, amanhã, quando estiverem presos no acesso sul-norte para a já referida ponte não se esqueçam de olhar para cima e desfrutar da nova moda Portuguesa! (Ou então não, depende do grau de beleza e voluptuosidade da jovem do carro ao lado, ou ainda, para os mais sortudos, da jovem que vai ao vosso lado no carro. Atenção que esta última hipótese só funciona mesmo com 1/1000 da população!) Divirtam-se, lembrem-se que a vida sem torcicolos é uma vida feliz e comam muitas bolachas!