sexta-feira, outubro 10, 2003

Última hora: Bolachas em curso de medicina!

Pois é, lá passou mais uma semana, lá vieram a lume mais alguns escândalos… portanto nada de muito anormal neste País. Como já devem ter notado, o curso de Medicina ia ganhando mais uma aluna, a filha do Ministro dos Negócios Estrangeiros. O que o povo não compreende é que Portugal precisa mesmo de médicos de alta patente social. Ora pensem lá comigo (eu sou lento de pensamento, portanto aguentem): se eu fosse uma entidade assim a modos que transcendental como qualquer ministro por terras lusas, e, por mero desequilíbrio Universal, adoecesse, impunha-se-me uma barreira praticamente intransponível. Se eu fosse a um hospital público, era imediatamente discriminado e escorraçado. As pessoas gemeriam coisas como: “Vai para a tua clínica privada, desgraçado!” e “Ladrão!”. Isto chocaria qualquer um, não concordam? É por isso que é necessário haver cada vez mais clínicas privadas onde os Ministros podem aplicar o seu avultado ordenado (já agora, o bónus por adormecer em plena Assembleia da República subiu novamente para os 500 contos horários). A propósito deste tema controverso (ou então não tão a propósito), ouvi hoje um típico gracejo popular no autocarro que deveria levar-me ao santuário do Ensino. É mais ou menos assim:

O filho do ministro a falar com a filha de outro ministro:
-Olha sabes, acho que me apetece entrar em Medicina.
-Ai sim, e então já falaste com o teu pai?
- Não, falei com o teu.

E mais não digo. (Para os que não acharam piada, sugiro que tentem ouvir uma que a tenha num autocarro às 7:30 da manhã para verem o que é bom para a tosse, ou para o humor.) Como não aconteceu nada de muito mais importante durante a semana (espera, e o Nobel da Paz… aquele que foi entregue a uma juíza… Espera. Eu disse juíza? De certeza que não é Portuguesa porque Paz nos tribunais não é mesmo o nosso forte!), eu, para gáudio (vão ver ao dicionário) dos leitores do MB, vou-me calar. No entanto, a mente é como um caracol alentejano: extremamente irrequieta. Por isso, em menos tempo do que o estimado leitor consegue levar aquela loira da secção de marketing para a cama, eu estarei de volta com mais notícias sobre Portugal e a sua tanga, que lentamente se desfia, tendendo para o infinito, como diria a minha professora de Matemática. Até à próxima, amigos Monstros!!!